Saída de campo e café de ciência assinalam temática da água num centro ciência viva onde esta assume um importante papel
No dia 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água. O Centro Ciência Viva do Alviela, situado junto à maior nascente cársica do país, assinala este dia com uma saída de campo e um dia bem passado nos Olhos de Água do Alviela. “Alviela, (quase) tudo uma questão de água” revela-nos o papel erosivo e construtivo da água, nas regiões calcárias. Bacias sedimentares, formação de grutas, chaminés de fada, fósseis de ambiente, poluição da água e traçado de um rio, são alguns dos muitos aspetos a abordar e a visualizar durante o percurso.
Este percurso pedestre, que se estende ao longo de 5 kms, tem início no Centro Ciência Viva do Alviela, com a visita à exposição interativa “Carso”, onde ficamos a saber como a água moldou a região do Maciço Calcário Estremenho. Pomos os pés a caminho e percorremos o percurso interpretativo dos Olhos de Água do Alviela, descemos à praia fluvial e observamos a forma do rio Alviela e, em Monsanto, descobrimos porque surge a nascente do Alviela, no local onde se encontra.
As inscrições são obrigatórias e têm um custo de 3,00€ por participante. A atividade tem início no Centro Ciência Viva do Alviela, pelas 09h30.
No dia 28 de março, às 21h00, há Café de Ciência no Centro Ciência Viva do Alviela. “Alviela em litros” traz-nos Ana Margarida Luís e Bárbara Bruno, da EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA para uma conversa sobre a água do Alviela.
Sabia que a nascente do Alviela, a mais importante do Maciço Calcário Estremenho, que integra as Serras de Aire e Candeeiros, chega a debitar em invernos mais chuvosos 17 m3/s de água? Devido ao seu importante caudal, em 1880, foi inaugurado um aqueduto que, durante décadas, serviu para transportar as águas da nascente do Alviela até à cidade de Lisboa. As águas do Alviela deixaram de abastecer a capital, mas a nascente não deixou de ser uma das mais importantes nascentes cársicas da Península Ibérica.
Qual a qualidade destas águas? Terão características diferentes das restantes nascentes? Porque deixou esta grande nascente de abastecer Lisboa? Qual a importância de preservar os lençóis de água em rochas calcárias e por que razão estes são tão sensíveis à poluição? Que consequências têm as alterações climáticas nestes lençóis de água?
As inscrições são gratuitas e obrigatórias e poderão ser efetuadas através do 249 881 805 ou info@alviela.cienciaviva.pt.